quinta-feira, 12 de novembro de 2009

From Koh Samui to Hat Yai

Koh Samui, Hat Yai, 22nd-24th August

Entre Koh Samui e Hat Yai alternamos entre o melhor e o pior a todos os níveis. Comecemos pelo melhor: Koh Samui. Aqui, em mais uma incrivel ilha tailandesa, voltamos a perder a cabeça e fomos para um daqueles hotéis que dão uma machadada no nosso budget. “São férias”, era a nossa desculpa. As nossas férias de relaxamento da volta ao mundo é sempre que encontramos praias, bom tempo e limas...


Assim sendo, depois de mais dois dias de esbanjamento, entenda-se, ao nível tailandês (um caril de marisco, prato tradicional na ilha, que em Portugal ficaria por 80eur/pessoa aqui fica por 10 eur/pessoa), de um hotel inacreditável, e de praia e relaxamento, resolvemos dizer adeus à Tailândia e retomar a volta ao mundo, ou seja, voltar ao low-budget puro-e-duro a caminho da Malásia. Pensávamos nós que lá chegar ia ser fácil. No mapa parecia. Marcamos inclusivamente um hostel para Penang, já do lado malaio para o mesmo dia em que sairíamos de Koh Samui. Nem tudo correu como queríamos. Tudo começou quando a carrinha que nos deveria levar do hotel até ao ferry não apareceu. Depois de esperar uma meia hora lá fui bater à porta da Sra que nos vendeu os bilhetes (eram 7 da manhã). Depois foi vê-la a stressar, a chamar um táxi e a correr a todo o custo para apanhar o ferry que saía do outro lado da ilha. Perdemos o ferry. Voltamos para trás para pedir justificações (e o dinheiro de volta) à dita Sra. Isto então foi um “ver se te havias” de uma discussão, mas, depois de alguma insistência, lá nos devolveu o dinheiro. Fomos a outra agência (tudo funciona assim naquela ilha) e compramos uma nova passagem que nos levaria directos à fronteira. Uma coisa há que reconhecer na organização asiática: compramos um bilhete para nos levar de uma cidade a outra (por mais longe que seja), em que envolve transportes de 1 barco, 3 autocarros, 2 motas e um skate, e, o mesmo bilhete (que não passa de um papeleco gatafunhado e com um carimbo) dá para tudo. Eles lá se entendem inter-agencias como é que cobram aquilo. Não faço ideia como é que o fazem, mas o que é certo é que conseguem organizar-se. E, desta vez, assim foi. Da 2ª tentativa lá conseguimos apanhar o barco, ao que se seguiu um autocarro, e depois uma furgoneta que nos levou a outro beco remoto de Suratani para apanharmos um outro mini-bus para irmos até uma outra cidade qualquer onde por fim apanharíamos o transporte final para a fronteira. É um desgaste este entra e sai de transporte, mas resulta. De uma das vezes a carrinha era tão pequena e apertada que a certo ponto a bagageira abre com a pressão das malas e lá vão umas quantas, em andamento, parar ao meio de um cruzamento movimentado. Azar dos azares, uma delas era nossa.... Não fossem as pessoas aos berros dentro do autocarro, o motorista só teria dado conta no destino. Lá parou, apanhou as malas, e continuamos viagem, rumo a Hat Yai.
Hat Yai é aquele sitio onde ninguém vai. Primeiro por não haver nada para ver ou fazer, e em segundo porque, segundo consta, não é lá muito seguro. Nos últimos anos, ao longo da fronteira entre a Tailândia e a Malásia morreram centenas de pessoas à custa dos atentados levados a cabo por thais separatistas muçulmanos extremistas contra a maioria budista. Assim sendo, este tipo de destino não está preparado para receber turistas. Isso reflectiu-se no alojamento que conseguimos arranjar, por 1.20eur/pessoa às tantas da noite quando lá chegamos. Há várias cenas de filmes de terror que metem menos medo que aquele quarto e aquela casa de banho.



Depois de um jantar chinês muito tardio nuns banquinhos de rua, lá nos recolhemos aos nossos aposentos e dormimos, com a certeza que a Malásia ia ser bem mais agradável do que aquele desterro de sítio.

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