Agora que já nao estamos na China, podemos, finalmente, escrever sobre este país, que em tantas coisas nos fascinou: história, cultura, comida, temperatura, paisagens e mentalidade.
Os blogs são proibidos na China e, como tal, o governo chines nao nos autorizou a publicas posts. Tivemos que aguardar pela entrada no Vietname.
Após termos passado o deserto da Mongolia entramos, finalmente, na China, onde fomos recebidos com música classica europeia e com oficiais chineses, todos eles preparados para nos verificarem os passaportes.
Na primeira estação da China, em Erlian, o pato ficou completamente abismado, enquanto assistia a troca da bitola (nome tecnico, porque em bom português chamaria-se "rodas do comboio"). Os amigos russos e, por arrasto, os mongois, gostam de ser diferentes e, então, desenvolveram as linhas ferreas com larguras diferentes do resto do mundo. Conclusão: o comboio com mais de 15 vagoes foi todo separado, inclusivé a locomotiva. Cada uma destas partes foi elevada por 4 macacos hidraulicos (2 de cada lado) e as "rodas russas e mongois" foram substituidas pela bitola chinesa, que deve ter o mesmo tamanho da portuguesa.
Na chegada a Pequim, o pato secou pela primeira vez em toda a sua viagem! 38ºC! Acabou o frio das noites mongois e da Sibéira.
Pequim e uma cidade enorme, com uma neblida que paira sistematicamente sobre a cidade. Os chineses dizem que faz parte do calor. Nos achamos que era poluição... E uma cidade limpa, onde tudo brilha e tudo é novo, o verdadeiro resultado de um investimento gigante para os jogos olimpicos de 2008. Os chineses de Pequim tentam ser civilizados, pois tiveream aulas (com videos nas estações de metro) para aprenderem a não cuspir para o chão, não andar de pijama na rua, como formar uma fila, etc.
As primerias impressoes:
O 1º choque: a confusao de um transito muito barulhento. (mal sabiamos nos o que era o Vietname)
O 1º pensamento: "Estes tipos sao completamente atrasados mentais a andar de carro" (nunca tinhamos visto vietnamitas a andar de carro, mota, ou qualquer outro veículo com rodas!)
A 1ª impressão: Os chineses falam muito alto e ainda cospem para o chão (nunca tinhamos visto um vietnamita...)
O pato entrou em Pequim com algum receio, pois ouviu falar no famoso "Pato a Pequim" (prato tradicional da zona, absolutamente delicioso). Andava assustado, com medo de o confundirem e de o depenarem.. Mas, ao longo da estadia, foi-se acalmando, pois ficou maravilhado com as iguarias chinesas, que estão à venda numas espetadinhas deliciosas, nos mercados de rua, espalhados pela cidade.
Ao longo da estadia na capital chinesa, o pato fez questão de ir tirar uma fotografia com o grande líder, o Presidente Mao, as portas da Cidade Proibida, de frente para a Tianamen Square. Aí teve um "deja vu", pois recordou-se da sua visita a Praça Vermelha, em Moscovo, onde foi cumprimentar o Grande e, também ele comunista, Lenin! Todos estes grandes senhores de esquerda têm direito a um mausoleu na praça mais imponente da capital do seu país.
O processo e o seguinte:
O turista entra no mercado e é logo abafado por mil vendedores chineses que tentam, sem parar, vender qualquer bagatela, por 5 vez mais, do que o preço justo. Como o turista não tem olhos em bico, não se safa e tem que gramar com eles (a China tem a maior população do mundo, logo há comerciantes por toda a parte). Ora vejamos:
" Hellôô! Where are u from?", ao qual o pato responde com orgulho: "Portugal!".
O chines, como sempre no seu estado normal, ri-se e não diz nada. Mas como o pato e muito simpatico, da uma ajudinha: "Do you know Portugal? In Europe, near Spain!", isto para não dizer: Do you know Cristiano Ronaldo?..."
Bem, o chines fica na mesma e responde: "You are very nice!"
Entretanto, o pato ja pegou, p.ex., numa caneta Montblanc hiper falsificada e pergunta: "How much for this?" e o chines remata com um preço sem nexo. Como o pato não e burro, responde logo: "Too much, very expensive".
E então aqui, que os papeis se invertem e o comerciante chines, com medo de perder a potencial venda de uma bagatela falsificada, responde:
"Cheaper for u. You are the boss, you say how much!!!" Por momentos, até pensamos que somes chefes deles, impossivel... O chines passa-nos a máquina calculadora para as mãos, para digitarmos o preço final pela falsificacao. E aqui que começa o duelo comercial, onde nós mostramos algum interesse pela compra, mas NUNCA desvendamos o preço final, pelo qual estamos dispostos a comprar. O comerciante chines, já desesperado e com medo de perder a venda, vais descendo cada vez mais o preço, ate o limite em que já nao pode mais, pois, caso contrário, iria perder dinheiro. E é assim que se compram porcarias na China!
Durante as compras, o pato enfrentou alguns inimigos e até houve uma situação em que pôs uma vendedora a chorar...
Se o Benfica ganhar para na próxima época, prometo que vou a Fátima a pé!
Para quem quiser fazer promessas a sério e como deve ser, aqui vai uma sugestão: Fazer o percurso de Jinshaling a Simatai. São apenas 10km por uma muralha nos arredores de Pequim, com temperaturas na ordem dos 38ºC, onde nem sempre há degraus para subir ou descer...
O pato subiu, desceu e voltou a subir, morreu de calor, bebeu litros de água, esfolou as patas, perdeu penas mas, ao fim 10o km disse: CONSEGUI, sobrevivi ao desafio da muralha da China!!
Já estava com saudades de ouvir noticias vossas...mesmo que diferidas em alguns meses...
ResponderEliminarPelo que sei já largaram a China há MUITO!
Espero que continuem a divertir-se imenso!
beijinhos
Ohh Mary:
ResponderEliminarQue saudades...
Sim, já estamos na Malásia. Isto de viajar tem muito que se lhe diga e não nos deixa muito tempo para a escrita...
Beijinhos enormes!