sábado, 18 de julho de 2009

A Alma do Pato Viajante

Viajar é, provavelmente, a palavra que nos ocorre sempre que é mais difícil de o fazer e, ao mesmo tempo, é a palavra que nos faz sonhar. Tipicamente sonhamos com praias paradisíacas, sítios bem longe do nosso continente, ou então, para não ficarmos ignorantes, sonhamos ir a Paris, Roma, Londres e Madrid. Estas são as cidades que tipicamente se visitam antes de se fazer um grande viagem.
Quem é mais aventureiro ainda procura fazer um safari no Quénia, ou mergulho no mar vermelho sem barbatanas, mas, sabendo sempre que se vai regressar a casa, ao conforto, à segurança e se vai lembrar de todas as boas recordações dessa viagem
Mas quem gosta de viajar, sabe que esta palavra tem um significado ainda maior. Quem tem a alma de viajante sonha com a liberdade de partir e nunca parar no mesmo sítio, mais do que o tempo suficiente para se sentir bem e fazer parte daquele local, de conhecer novas pessoas, culturas, línguas, mundos e sentimentos.

Viajar sempre foi sinónimo de conhecimento e enriquecimento. Hoje, mais do que nunca, as pessoas anseiam por conhecer diferentes povos e culturas, para mais tarde, daqui a 10, 20 ou 30 anos, guardarem para si um conhecimento e cultura, que nem sempre o nosso dia a dia nos pode dar.
Após sabermos o que queremos conhecer, há que pensar nos recursos. O que levar? Quanto queremos gastar?
A regra básica da bagagem é muito simples. Quanto mais levamos, mais carregamos e, quanto mais carregamos, mais difícil é movimentarmo-nos. Há muitas escadas para subir e para descer, nem sempre há elevadores e as escadas rolantes nem sempre chegaram a todos os países. Por isso, e especialmente para as meninas: pouca roupa, pouca tralha, o saco de cama é um bom aliado e o canivete suíco também!
Quanto ao dinheiro, isso depende de quanto cada um tiver disposto a gastar. Tipicamente, quando viajamos (entenda-se viajar por algum tempo e não "tirar umas férias") o espírito não é ficar em hoteis de 5 estrelas, ou de ter grandes mordomias, pois estamos em constante movimentação.
Para quem não quer gastar muito dinheiro e pretende assim conter alguns custos, pode, por exemplo, fazer viagens de longa duração durante a noite, pois assim, economiza uma dormida.
De comboio, carro, autocarro, barco ou avião, é sempre possível viajar até onde for humanamente possível.


Há quem goste de viajar sozinho, apenas com a sua própria companhia. De alguma forma, esta talvez seja a melhor maneira de conhecer pessoas ao longo do percurso. Sozinho fica-se mais livre para se fazer o que se apetece. Quando viajamos acompanhados temos, por vezes, que ceder aos desejos dos outros, mas, por outro lado, temos sempre alguém com quem partilhar as maravilhas que vamos conhecendo.

É ao longo das viagens que crescemos e aprendemos bastante. Tornamo-nos em pessoas mais atentas, conscientes, criativas e inspiradoras. É durante elas que libertamos os nossos dogmas e estereótipos criados nas nossas cabeças.

Boa viagem!

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