sexta-feira, 17 de julho de 2009

Hostels para viajantes tesos

Ir à Russia e ficar num hotel de 3 estrelas é coisa para rico e num de 4 estrelas é de muito rico. Os hoteis são normalissimos, mas, por algum motivo, são exurbitantemente caros...
Por imperativo de força maior, a nossa viagem é efectivamente e assumidamente uma viagem de tesos.
O depenado do pato vagueia por 4 websites diferentes, antes de marcar um hostel, com o objectivo de encontrar (supostamente...) a melhor relação qualidade preço, quando, no fundo no fundo, o que quer é o mais barato.
Até agora as escolhas não têm sido más, apesar de muitas vezes as descrições dos websites serem enganosas, p.ex., quase nunca existem cacifos dentro dos próprios dormitórios. Uma vez, muito de vez em quando, damo-nos ao luxo de dormir num quarto duplo, que custa uma fortuna, só mesmo para descansarmos do constante ressonar, que faz eco em qualquer dormitório de 10 ou mais camas. De certa forma, e ao fim de algum tempo, esse barulho de fundo até se torna agradável, ou pelo menos imperceptível...
Em St. Petersburg ficámos primeiro no Hostel Sabrina. Uma fortuna... 10€ por noite... A fachada do prédio nem prometia, nem repugnava. Era normal. Menos normal era o que essa parede escondia. Aliás, não é só essa. Para seguir, provavelmente, alguma norma paisagística russa, ou apenas por mero acaso, todos os predios russos possuem uma traseira comum, na qual se estacionam alguns carros, se colocam alguns contentores do lixo e, por ventura, alguma mercadoria menos lícita. O que é certo, é que em menos de 10 passos se passa de uma fachada de um prédio "normal" directamente para o Kosovo. Na parte de trás, nenhuma janela tem vidros, partes do prédio já ruiram há muitos anos e há vários carros sem rodas, apenas apoiados em tijolos ou latões.


Algo impressionados com o aspecto "rústico" da entrada, lá subimos carregados pelas escadas até ao 2º andar, olhando para fora, pelos buracos que pareciam originarios de munições de murteiro. Fomos recebidos por uma "simpática" menina, que nos acolheu e que nem se quer devia saber, qual o país que deu origem à língua inglesa, quanto mais fala-la... Mesmo assim tivemos sorte com algumas coisas. O quarto onde ficámos, um dormitório de 14 pessoas, tinha apenas duas: nós próprios. Apesar de não inspirar muita confiança tinha um bom e gratuito pequeno almoço.


Mesmo assim, saímos deste hostel e mudámos para outro, que ficava junto à entrada da praça Sennaya e, que muito apropriadamente se chamava CRAZY DUCK!!! O pato não podia ter-se sentido melhor! O ambiente mudou batante. Embora o pequeno almoço não fosse de graça e o quarto fosse mais caro, havia dezenas de pessoas de todo o mudo com quem falar. Mesmo assim, no nosso dormitório de 4 só lá estavam duas pessoas: nós próprios. Mais uma vez tivemos sorte!


Nota: Embora esta mensagem tenha sido publicada por mim, ela é da autoria do Pato viajante.

2 comentários:

  1. se van a timor?
    (em principio) vou la. keep in touch

    ResponderEliminar
  2. vamos voar de Dili para Darwin dia 15 de Setembro axo eu, por isso, pelo menos 1 ou dois dias antes devemos estar lá. abraço

    ResponderEliminar