domingo, 7 de junho de 2009

O Pato Czar

Eu sei que não temos escrito muito até hoje e não é por falta de vontade (ou talvez seja), mas também não temos tido muito tempo. Isto de viajar não é tão pêra doce como muita gente julga. Vamos então tentar recapitular brevemente os ultimos dias. Chegamos dia 2 a St. Petersburg. Imediatamente após termos saído da porta do aeroporto fomos abordados por meia duzia de senhores com ar de vendedores ambulantes com o que eles diziam (e doravante têm mesmo que imaginar o sotaque russo com que eles dizem isto): "biést préice fór táxie in all rrússia". Na verdade o negocio parecia realmente bom aos olhos de qualquer estrangeiro: "only thousand rublos to take you downtown. others make two thousand", ao que respondiamos educadamente: "Niét" (ou HET, escrito em russo cirilico). Então eles voltavam à carga: "áre you sure? is best price. duon't find anything biétter". Apesar da insistencia de um destes senhores lá fomos andando em busca de uma paragem de autocarro que nos levasse ao centro por um preço, esperavamos nós, melhor. Encontrada a paragem de autocarro restou-nos esperar. Entretanto o pseudo-taxista veio novamente com uma frase muito caracteristica de quem está no ramo das fraudes em geral: "ok, ok, jiust fór you i make eight hundriéd. very very spiéciél price". Agradecemos-lhe e entramos para o autocarro de 12 lugares (chamem-lhe o que quiser mas eu ia jurar que era uma réplica de uma Transit de 1982 usada no filme Balas e Bolinhos pelo cigano Marito a quem o Rato devia dinheiro) e pagamos somente a módica quantia de 24 rublos por pessoa.

A travessia até ao centro da cidade foi tranquila, ordeira e bastante lenta pelo que deu para apreciar a grandiosidade de St. Petersburg ao longo da avenida Moskovski Prospekt com uns bons 5km de extensão e com 3 fachas para cada lado que nos leva à praça Sennaya Pl., a apenas 10min a pé do nosso hostel. A cidade parece saída de um cenário de um filme que retrata as grande cortes reais dos séculos passados e que teima em resistir a uma mudança. É o Czarismo em todo o seu esplendor.

O pato gostou especialmente (mas sofreu de uma forma igualmente especial) da parte cultural da cidade. O Hermitage (na foto) é um dos mais antigos e mais ricos museus do mundo. Assim sendo, e, como não podia deixar de ser, é também bastante grande, o que não se coaduna com as pequenas patas alaranjadas do pato. Digamos que as primeiras 1000 obras de arte são realmente apreciadas de uma forma atenta e emocionante. A partir daí é como deambular por um museu de tortura medieval. De duas em duas salas de exposição procurava avidamente qualquer um dos pequenos e escassos bancos de descanso e fingia apreciar qualquer obra de arte que se encontrasse à sua frente. Como se o museu não chegasse, St. Petersburg tem algumas das mais incriveis igrejas ortodoxas do mundo. EaAo contrario do que muita gente pensa, não é apenas em Moscovo que há cúpulas coloridas e em forma de cebola. Aqui fica a prova.


Depois de uns 8 museus, 85 catedrais, 512 igrejas e 827 monumentos o pato, já completamente exausto, rendeu-se às evidencias, fez as malas e abalou.

4 comentários:

  1. Grande "Pato", boa Viagem. Estamos atentos as novidades.

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  2. Zdarova Tchel!
    nao te esqueças de ir ao Peterhof.
    Paká!
    Campos

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  3. Ramos!! Nao tivemos tempo pa francesa antes de eu sair mas vai haver muito tempo quando eu chegar! Abrazo e bj pá Mi e pró futuro rebento

    Balboa, só faltou mesmo Nova-Moscow ;) abrazo

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  4. Meus queridos patinhos, vejam la se escrevem mais vezes. A malta da Europa e das Africas quer saber como andam as coisas pela Asia! Beijos, Tamos juntos!

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